A Teoria Malthusiana, também conhecida como Malthusianismo, é uma teoria demográfica desenvolvida pelo inglês Thomas Robert Malthus.
De acordo com o pensamento Malthusiano, a população cresceria muito rapidamente e em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16…), enquanto a produção de alimentos, por sua vez, teria um crescimento lento e em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5…).
Essa linha de raciocínio é conhecida como lei de Malthus.
Thomas Robert Malthus
De acordo com os estudos de Malthus, após um período de 200 anos a população seria 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos, o que seria uma grande catástrofe para o mundo.
O objetivo da teoria era chamar a atenção para o problema da falta de alimentos gerado pelo grande aumento demográfico no mundo.
Solução para a falta de alimentos
Em sua obra, Malthus chegou a propor o que ele chamou de sujeição moral.
Segundo ele, a população tinha de evitar um crescimento descontrolado através do casamento tardio, da diminuição do número de filhos planejados e da privação voluntária de seus respectivos desejos sexuais, para assim reduzir o índice de natalidade.
Malthus considerava que, desse modo, o aumento da população ficaria equilibrado relativamente à possibilidade de crescimento da produção de alimentos.
Para ele, o crescimento da produção de alimentos era muito mais lento do que o crescimento da população. Enquanto a produção seguia uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5…), a população aumentava em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16…).
Por ser religioso (além de estatístico, demógrafo e economista, Thomas Malthus era pastor da Igreja Anglicana), ele era contra a utilização de métodos contraceptivos.
Outras teorias demográficas
A teoria demográfica Malthusiana (ou Teoria Populacional Malthusiana) foi publicada no livro Ensaio sobre o princípio da população, principal obra do economista, em 1798.
Naquela época, a teoria de Malthus não poderia prever os avanços da ciência e da tecnologia que o futuro guardava.
A utilização de máquinas como substitutas do trabalho humano no campo, por exemplo, proporcionou um aumento gigantesco da capacidade de produção alimentícia.
Com isso, ficou claro que a causa da situação de miséria na qual alguns países e regiões do mundo viviam não estava relacionada com a produção de alimentos propriamente dita, ou seja, não se tratava de uma incapacidade de produção, mas sim de uma má distribuição desses alimentos produzidos.
Essas constatações acabaram por confrontar a teoria populacional Malthusiana e com isso, outras teorias demográficas foram formuladas, como, por exemplo, a teoria neomalthusiana e a teoria reformista.
Teoria neomalthusiana
Essa teoria começou a surgir no início do século XX e era baseada da Teoria Malthusiana.
Os neomalthusianos defendiam que se a aceleração do crescimento da população não fosse reduzida, em alguns anos os recursos naturais da Terra esgotariam.
De forma a evitar que isso viesse a ocorrer, os teóricos da teoria neomalthusiana recorreram a propostas que visavam o controle da natalidade.
Essas propostas se tornaram populares e foram denominadas de Planejamento Familiar.
O Planejamento Familiar foi aplicado principalmente em países subdesenvolvidos e de acordo com a população local.
Confira abaixo algumas das principais medidas aplicadas:
- Esterilização em massa.
- Distribuição gratuita de anticoncepcionais.
- Assistência médica para uso de DIU (Dispositivo Intra-Uterino).
- Promoção de um modelo de família ideal, composta por apenas dois filhos.
Teoria reformista
Diferentemente da teoria Neomalthusiana, que tem como base o pensamento Malthusiano, a teoria reformista, por sua vez, é totalmente contrária a esse conceito.
De acordo com os reformistas, a Revolução Industrial e a consequente revolução tecnológica vieram a resolver o problema de produção de alimentos, discordando da ideia dos Malthusianos de que essa produção crescia em números significativamente menores do que o crescimento populacional.
Outra característica da teoria reformista que se opõe à teoria de Malthus está relacionada com a causa da pobreza.
Para os Malthusianos, a pobreza era causada pelo excesso populacional. Os reformistas, por sua vez, acreditavam justamente no contrário. Para eles, a pobreza é que acarretava o excesso de população.
A teoria reformista defendia que se não houvesse a pobreza, haveria melhores acessos à educação, à higiene e à saúde, o que acabaria por regular o crescimento da população.
Os reformistas julgavam que a origem da pobreza se devia à má distribuição social da renda que seria ocasionada principalmente pela exploração sob a qual os países desenvolvidos submetiam os países subdesenvolvidos.
Os teóricos reformistas consideravam que deveria haver uma reforma social por parte do governo no que diz respeito à essa distribuição.
Até mais!
Equipe Tête-à-Tête
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