TÊTE-À-TÊTE

Os iorubás são uma grande etnia da África Ocidental, nascendo com eles os mitos e os Orixás.

Os Orixás são deuses que receberam a responsabilidade, através do ser supremo Olodumare ou Olorum, de comandar o mundo, cada um possuindo uma função relacionada a aspectos da natureza, da vida social ou humana.

São seres com diversas características humanas, não são perfeitos, possuindo qualidades e defeitos.

Listamos os 10 orixás que são mais cultuados pelas religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda.

1. Exu

Na língua yorubá, o nome Exu quer dizer ‘’esfera’’. Ele simboliza o nascimento, o ponto de partida, a força da criação, é a ponte de comunicação entre o ser humano e os outros orixás.

Exu possui características como ser astuto e ter a capacidade de sair de qualquer situação, seja ela boa ou ruim.

Em um dos principais mitos a respeito deste orixá, diz que ele se torna o guardião das encruzilhadas. Sendo um aprendiz de Oxalá, aprende tudo somente observando, então monta sua casa na porta das encruzilhadas, se tornando rico e poderoso.

2. Ogum

É esse orixá que proporciona o ferro aos homens, que antes só tinham utensílios fracos. Ele simboliza poder, ferocidade e inteligência. Domina o fabrico de diversas ferramentas e o fogo, além de ser um guerreiro.

Em uma lenda iorubá, é dito que Ogum faz instrumentos agrícolas para Oxaguiã, como, a enxada, a foice, a pá, entre outros, para que este pudesse ajudar seu povo a colher mais inhames.

3. Xangô

Esse orixá ensinou o homem a fazer o fogo e gerou o trovão. Ele é o símbolo da justiça, representando também teimosia, rebeldia e violência. Anda armado com um machado duplo.

As cores de Xangô são o vermelho e o branco, além de que ele foi escolhido para ser o rei de Oió. Ele possui três mulheres: a primeira é Oiá-Iansã, a segunda é Oxum e a terceira é Obá.

Em uma das lendas sobre esse orixá é dito que ele ensinou os homens, mandando raios sobre as árvores, a como fazer o fogo, para que eles pudessem usá-lo no cozimento de alimentos.

4. Oiá – Iansã

Esse guerreira iorubá, senhora das tempestades e dos ventos, caçadora nata, esposa de Xangô, simboliza poder, bravura, coragem e independência.

É tão poderosa quanto Xangô, adquirindo através dele o controle do fogo também. Na verdade ela ganhou um atributo diferente de cada esposo que teve. Sua cor é vermelha ou marrom-escuro.

Há um mito que decorre que Iansã se suicidou após descobrir que seu marido Xangô morreu, se tornando a deusa do Rio Níger, na África.

5. Oxum

A sensual orixá Oxum, filha de Iemanjá, é a deusa da água doce, ou seja, dos lagos, rios, fontes e cachoeiras. Ela simboliza feminilidade, fertilidade, riqueza e amor.

A cor favorita dela é amarelo-ouro, sendo uma divindade determinada, que conseguia alcançar o que queria. Tem uma forte relação com o meio-ambiente, sendo a fecundidade da natureza.

Em uma lenda iorubá, é dito que Oxum consegue aprender a arte de adivinhação, após um trato com Obatalá e Exu, dominando os jogos de búzios e obis.

6. Nanã

Essa é considerada a orixá mais idosa, possuindo relação com a criação do ser humano, sendo responsável por fornecer a lama para modelar o primeiro homem.

Sua simbologia tem relação com o nascimento, a fertilidade, a doença e a morte.

É dito em uma das suas lendas que ela proíbe o uso de instrumentos de metal pelos seus seguidores, pelo fato de apresentar uma rivalidade com o orixá Ogum. Nanã diz que é mais importante que Ogum e que não precisa usar seus utensílios de metal, principalmente a faca.

7. Iemanjá

Iemanjá é uma das orixás mais conhecidas na cultura brasileira, na verdade é ela que dá origem aos outros orixás, sendo a deusa da criação. É a divindade dos mares e oceanos, simbolizando a maternidade fecunda e nutritiva.

Ela é retratada como uma mulher com os seios fartos, sendo também poderosa, sábia, bonita e sensual. É considerada a rainha das águas e a criadora da Lua.

Há um mito que decorre a raiva de Iemanjá por causa da atitude dos seres humanos de jogar lixo e outras sujeiras no mar, que no caso é a sua casa, criando as ondas para mandar de volta essas porcarias para a humanidade.

8. Oxóssi – Odé

Este orixá é o irmão de Ogum, muitas vezes representado com o seu arco e flecha, ele tem associação com a natureza, com as florestas e plantações. Simboliza a caça, a fartura e o sustento, além de ter relação com o equilíbrio do ecossistema.

Ele também possui habilidades como dançar, cantar e utilizar as artes plásticas. Em uma lenda sobre Oxóssi, é dito que quem lhe ensinou a caçar foi Ogum, após a aldeia dos dois sofrer um ataque de inimigos.

9. Ossaim

Esse orixá é conhecido por ser um grande médico, é o deus das ervas medicinais e plantas sagradas. Ele simboliza cura, saúde e proteção.

Em um dos mitos sobre Ossaim é dito que ele é um escravo e que foi vendido a Orunmilá, este sendo um babalaô que ajuda as pessoas enfermas. Como Ossaim tinha o dom de saber quais eram as plantas medicinais, ele passou a ajudar os doentes.

10. Oxalá

Também chamado de Obatalá, Orixanlá e Oxalufã, é o orixá maior, criador da terra, do céu, do homem e da morte, sendo considerado o ”Pai”. Ele simboliza sabedoria espiritual, equilíbrio e criação.

Sua cor favorita é a branca, sendo considerado o ‘’Rei do Pano Branco’’. Em uma das histórias sobre esse orixá, é falado que Olurum , que vivia no céu, deu a missão a Oxalá de criar o mundo. Ele também modelou o homem e a mulher com o barro fornecido por Nanã.

Fonte: Dicionariodesimbolos.com.br

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Equipe Tête-à-Tête