Era uma vez um garoto chamado João que vivia com sua mãe em uma humilde casa. Os dois estavam passando por dificuldades e já não tinham como se alimentar, pois o único bem que possuíam era uma vaca que já não dava mais leite.
Assim, a mãe de João lhe pede para levar a vaca até a cidade e vendê-la.
O menino sai com a vaca e no meio do caminho, encontra um senhor que lhe oferece feijões mágicos em troca da vaca. João aceita e volta feliz e contente para casa com cinco sementinhas de feijão.
Ao chegar, sua mãe fica furiosa com a troca e atira os feijões pela janela.
João vai dormir muito frustrado, mas quando desperta no dia seguinte vê que no lugar onde as sementes caíram nasceu um enorme pé de feijão, tão alto que se perde entre as nuvens.
O garoto rapidamente se põe a subir e chegando ao céu encontra um mundo incrível.
Havia um grande castelo no meio das nuvens e João, curioso, vai até lá. Ele se depara com uma mulher, que o recebe e o esconde no castelo, pois lá morava um gigante muito malvado.

O gigante estava dormindo e ao acordar, faminto, sente cheiro de criança e procura por todo o canto. Mas a mulher lhe preparou uma refeição e ele se acalmou.
Depois pediu à sua galinha encantada que pusesse ovos de ouro e à harpa enfeitiçada que tocasse uma melodia. Assim, adormeceu novamente.
João, vendo tudo aquilo, quase não acreditava e, num descuido da mulher, consegue sair do esconderijo, pegar a galinha e a harpa e começar a correr.
Nesse momento, o gigante desperta e vê o menino já descendo pelo pé de feijão. O malvado também começa a descer, mas João chega antes em sua casa e, num golpe certeiro, corta a enorme planta, fazendo com que o gigante caia no chão, desfalecido.
Assim, João e sua mãe conseguem o sustento através dos ovos de ouro e se tornam prósperos, vivendo felizes para sempre.
Em João e o pé de feijão, o que temos é uma metáfora da separação psicológica que precisa ocorrer entre mãe e filho em algum momento. A vaca da família, que pode ser uma representação da mãe, já não dá mais leite, não alimenta mais o garoto, assim, é preciso que se faça o desmame.
Então, João vai até a cidade a fim de vender o animal ou trocá-lo por algo mais valioso. O garoto usa sua intuição e adquire feijões mágicos, que sua mãe atira pela janela por pensar ser inúteis.
Mas a intuição de João o leva às alturas, isso é simbolizado pela árvore que cresce de repente no quintal. Então o garoto faz a subida ao desconhecido, a um outro mundo, um mundo elevado e novo. Lá existem muitas riquezas, mas João necessita primeiro driblar o gigante, que nada mais é do que um aspecto de sua própria personalidade, a vaidade e mania de grandeza.
Assim, é apenas depois de trabalhar essas questões internas que o garoto consegue voltar ao seu mundo e viver em plenitude com as riquezas (sabedoria) que adquiriu.
…
Fonte:culturagenial
Até mais!
Equipe Tête-à-Tête
24 de maio de 2022 at 22:52
Intenso e reflexivo ! Abraço.
CurtirCurtido por 1 pessoa
24 de maio de 2022 at 23:34
Verdade, Miriam! Obrigado pela leitura e um abraço!
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