Dicto simpliciter é uma falácia na qual uma regra geral ou observação é tratada como universalmente verdadeira, independentemente das circunstâncias ou dos indivíduos envolvidos. Também conhecida como a falácia da generalização não-qualificada e falácia do acidente. As regras ou leis simplistas raramente levam em consideração exceções legítimas, e ignorar essas exceções é ignorar a realidade para preservar a ilusão de uma lei perfeita. As pessoas gostam da simplicidade e muitas vezes preferem manter a simplicidade ao custo da racionalidade.
Exemplos de dicto simplifiter
Primeiro exemplo
Eu acredito que nunca devemos ferir deliberadamente outra pessoa, é por isso que nunca posso ser cirurgião.
Explicação: classificar a cirurgia sob “machucar” alguém, é ignorar os óbvios benefícios que acompanham a cirurgia.
Segundo exemplo
A Bíblia claramente diz: “Não darás falso testemunho”. Portanto, como cristão, é melhor eu contar para o vizinho, bêbado com a espingarda na mão, que sua esposa, a quem ele está querendo matar, está escondida no nosso porão . Caso contrário, você está desafiando o próprio Deus!
Explicação: Assumir qualquer lei, mesmo divina, aplica-se a cada pessoa, em cada momento, em todas as situações, embora não explicitamente declarada, é uma suposição não fundamentada em evidências e um raciocínio falacioso.
Terceiro exemplo
“O exercício é bom. Portanto, todos devem se exercitar.”
Explicação: O exercício é bom é uma generalização não qualificada. Por exemplo, se você tem doença cardíaca, o exercício não é bom. Você deve qualificar a generalização. Você deve dizer que o exercício geralmente é bom, ou o exercício é bom para a maioria das pessoas. Caso contrário, você cometeu um Dicto Simpliciter.
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Fonte:escoladefilosofia
Referências e leitura adicional
Douglas Walton. Lógica Informal: manual de argumentação crítica. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
Até mais!
Equipe Tête-à-Tête
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