NACO, s. Naca. Pedaço de fumo ou de carne.


NÁFEGO, adj. Cavalo que tem um quadril menor que o outro, consequência da fratura do osso ilíaco. || Animal aleijado que coxeia. || Aplica-se também à pessoas.


NAMBI, adj. Diz-se do animal cavalar ou muar que tem uma orelha, ou ambas, caída, cortada, enrolada, atrofiada, murcha, muito pequena.


NAZARENAS, s. Esporas grandes. Usa-se também como adjetivo: esporas nazarenas.


NEGAÇA, s. Esconderijo construído com ramos de árvores, no qual o caçador se oculta para atirar nos bandos de marrecas ou marrecões que passem voando; gaiúna. || Recusa, negativa, esquiva. || Dificuldade, embaraço, engano.


NEGACEAR, v. Olhar com interesse; ficar de olho; ficar de vigia; espiar, espreitar, espionar, investigar.


NEGALHO, s. Negalhas. Pequena porção de linha para coser; madeixa. || Cordel com que se ata alguma coisa; atilho. || Pequena porção de alguma coisa, quantidade insignificante.


NEGAR ESTRIBO, expr. Negar-se o cavalo a ser montado, afastando-se no momento em que o cavaleiro ergue o pé para alcançar o estribo. || Fig. Mostrar-se esquivo, desdenhoso.


NHANDU, s. Nome tupi da ema e do avestruz.


NHANDU-TATÁ, s. Etimologicamente: avestruz de fogo.


NHANHÃ, s. Tratamento que os escravos davam às senhoras, principalmente às meninas e moças.


NINHAR, v. Andar à procura de ninhos para lhes tirar os ovos.


NO MAIS, loc. adv. Não mais; simplesmente, unicamente, tão somente. (Precedido de ali, o no mais adquire sentido temporal, equivalendo a imediatamentesem mais demora). No más.


NOMBRADA, s. Heroísmo, rasgo.


NÓ-REPUBLICANO, s. Modo de atar o lenço que os republicanos rio-grandenses de 1835 usavam, e que servia como distintivo.


NOVIÇO, s. Cavalo novo.


NUM VÁ, adv. Num instante, num pensamento, muito rapidamente, num abrir e fechar de olhos, num vu.


OCHE!, interj. Expressão usada pelos carreteiros para fazer os bois da carreta pararem ou diminuírem a marcha.


OIGALÊ!, interj. Exprime admiração, espanto, alegria. O mesmo que oigatê!


OLHADA, s. Ato de olhar, reparo.


OLHO-D’ÁGUA, s. Manancial, vertente.


OMBRUDO, adj. Que tem ombros largos, espadaúdo.


ONÇA, s. Moeda antiga, de ouro.


ONDE CANTA O GALO, loc. adv. Muito em cima, bem no alto, a canta-galo. Diz-se do costume de atar a cauda do cavalo de montaria muito no alto, com um nó gracioso, deixando pendente uma ponta de cada lado.


OOCHE!, interj. Forma alterada da interjeição oche! (ô), usada para acalmar o boi que se deseja pegar.


OREAR, v. Arejar, ventilar, secar imperfeitamente ao vento, ao sol ou ao fogo, a roupa, o charque fresco, a estrada, ou qualquer outra coisa.


ORELHANO, s. e adj. Animal sem marca nem sinal. || Gaúcho sem origem conhecida;


ORIGONES, s. pl. Fatias de polpa de pêssego, secas ao sol, que se comem ao natural ou cozidas; oregones, orijones, origon.


ORRE DIACHO!, interj. Exprime satisfação por ter acontecido algo de mau a um adversário ou a um inimigo.


OSCO, adj. Diz-se do gado de pelo escuro, lembrando o zaino dos equinos; pelo cor de pinhão; vermelho enfarruscado. || Complicado, difícil.


OVADO, adj. Diz-se do cavalo que tem ovas ou inchações, proveniente da dilatação de certas membranas entre a pele e os ossos ou cartilagens.


OVEIRO, adj. Diz-se do animal que tem o pelo do corpo de uma cor, com malhas ou manchas de outra; malhado.


OVELHEIRO, adj. e s. Diz-se de, ou cão que é criado desde novo junto ao rebanho, que ele guarda e protege depois de crescido. || Diz-se de, ou cão acostumado a perseguir rebanhos para matar e comer ovelhas, ou apenas para as ferir.

Fonte:colafinaecascagrossa


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Equipe Tête-à-Tête