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poemas

INTIMIDADE

No coração da mina mais secreta,No interior do fruto mais distante,Na vibração da nota mais discreta,No búzio mais convolto e ressoante, Na camada mais densa da pintura,Na veia que no corpo mais nos sonde,Na palavra que diga mais brandura,Na raiz... Continue lendo →

TARDE, PABLO NERUDA

Não te quero senão porque te queroe de querer-te a não querer-te chegoe de esperar-te quando não te esperopassa meu coração do frio ao fogo. Quero-te apenas porque a ti eu quero,a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico,e... Continue lendo →

MAS HÁ A VIDA

Mas há a vidaque é para serintensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vividoaté a última gota.Sem nenhum medo.Não mata. ... Clarice Lispector (1920-1977) Até mais! Equipe Tête-à-Tête

PASSAMOS PELAS COISAS SEM AS VER

Passamos pelas coisas sem as ver,gastos, como animais envelhecidos:se alguém chama por nós não respondemos,se alguém nos pede amor não estremecemos,como frutos de sombra sem sabor,vamos caindo ao chão, apodrecidos. ... Eugénio de Andrade Até mais! Equipe Tête-à-Tête

AI SE SESSE, DE ZÉ DA LUZ (POEMA DE CORDEL)

Se um dia nós se gostasseSe um dia nós se queresseSe nos dois se empareasseSe juntin nós dois vivesseSe juntin nós dois morasseSe juntin nós dois durmisseSe juntin nós dois morresseSe pro céu nos assubisse Mas porém acontecesse de São... Continue lendo →

O POETA DA ROÇA – PATATIVA DO ASSARÉ

Sou fio das mata, cantô da mão grosaTrabaio na roça, de inverno e de estioA minha chupana é tapada de barroSó fumo cigarro de paia de mioSou poeta das brenha, não faço o papéDe argum menestrê, ou errante cantôQue veve... Continue lendo →

SONHADOR – POESIA DE CORDEL

Viver é um desafioDesafiar é viverPor isso eu vou vivendoSempre buscando aprenderPara não ser devoradoPela falta de saber. Se posso dou um sorrisoSe não posso, um lamentoMas não fico esperandoSonhando sou avarentoE busco sonhar meu sonhosAté no sopro do vento.... Continue lendo →

O REGRESSO

Como quem, vindo de países distantes fora de si,chega finalmente aonde sempre esteve e encontra tudo no seu lugar, o passado no passado, o presente no presente, assim chega o viajante à tardia idade em que se confundem ele e... Continue lendo →

MORRER DE AMOR, DE MARIA TERESA HORTA

Morrer de amorao pé da tua boca Desfalecerà peledo sorriso Sufocarde prazercom o teu corpo Trocar tudo por tise for preciso ... Maria Teresa Horta (1937) Até mais! Equipe Tête-à-Tête

TERROR DE TE AMAR NUM SÍTIO TÃO FRÁGIL COMO O MUNDO

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo Mal de te amar neste lugar de imperfeiçãoOnde tudo nos quebra e emudeceOnde tudo nos mente e nos separa. ... Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) Até mais! Equipe... Continue lendo →

EXORTAÇÃO

Em nome do teu nome,Que é viril,E leal,E limpo, na concisa brevidade— Homem, lembra-te bem!Sê viril,E leal,E limpo, na concisa condição.Traz à compreensãoTodos os sentimentos recalcadosDe que te sentes dono envergonhado;Leva, dourado,O sol da consciênciaAs íntimas funduras do teu ser,Onde... Continue lendo →

GUERRA CIVIL

E contra mim que lutoNão tenho outro inimigo.O que pensoO que sintoO que digoE o que façoE que pede castigoE desespera a lança no meu braço Absurda aliançaDe criançaE de adulto.O que sou é um insultoAo que não souE combato... Continue lendo →

RUA DOS ROSTOS PERDIDOS

Este vento não leva apenas os chapéus,estas plumas, estas sedas:este vento leva todos os rostos,muito mais depressa. Nossas vozes já estao longe,e como se pode conversar,como podem conversar estes passantesdecapitados pelo vento? Não, não podemos segurar o nosso rosto:as mãos... Continue lendo →

DO SENTIMENTO TRÁGICO DA VIDA

Não há revolta no homemque se revolta calçado.O que nele se revoltaé apenas um bocadoque dentro fica agarradoà tábua da teoria. Aquilo que nele mentee parte em filosofiaé porventura a sementedo fruto que nele nascee a sede não lhe alivia.... Continue lendo →

DE AMOR NADA MAIS RESTA QUE UM OUTUBRO

De amor nada mais resta que um Outubro e quanto mais amada mais desisto: quanto mais tu me despes mais me cubro e quanto mais me escondo mais me avisto. E sei que mais te enleio e te deslumbro porque... Continue lendo →

ANDAR?! NÃO ME CUSTA NADA!

Andar?! Não me custa nada!... Mas estes passos que dou Vão alongando uma estrada Que nem sequer começou. Andar na noite?!Que importa?... Não tenho medo da noite Nem medo de me cansar: Mas na estrada em que vou, Passo sempre... Continue lendo →

SEGUE O TEU DESTINO, DE PESSOA

Segue o teu destino,Rega as tuas plantas,Ama as tuas rosas.O resto é a sombraDe árvores alheias.A realidadeSempre é mais ou menosDo que nós queremos.Só nós somos sempreIguais a nós-próprios.Suave é viversó.Grande e nobre é sempreViver simplesmente.Deixa a dor nas arasComo... Continue lendo →

O PESO DE HAVER O MUNDO, DE PESSOA

O peso de haver o mundo Passa no sopro de aragemQue um momento o levantou,Um vago anseio de viagemQue o coração me toldou. Será que em seu movimentoA brisa lembre a partidaOu que a largueza do ventoLembre o ar livre... Continue lendo →

O AMOR, QUANDO SE REVELA – PESSOA

O amor, quando se revela,Não se sabe revelar.Sabe bem olhar p'ra ela,Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que senteNão sabe o que há-de dizer.Fala: parece que mente...Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse,Se pudesse ouvir o... Continue lendo →

REALIDADE – FLORBELA ESPANCA

Em ti o meu olhar fez-se alvorada,E a minha voz fez-se gorjeio de ninho,E a minha rubra boca apaixonadaTeve a frescura pálida do linho. Fulvo de Espanha, em taça cinzelada,E a minha cabeleira desatadaPôs a teus pés a sombra dum... Continue lendo →

FANATISMO – FLORBELA ESPANCA

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.Meus olhos andam cegos de te ver.Não és sequer razão do meu viverPois que tu és já toda a minha vida! Passo no mundo, meu Amor, a lerNo mist’rioso livro do teu serA mesma história tantas... Continue lendo →

DEPOIS QUE VIVO… CLARICE LISPECTOR

Depois que vivo é que sei que vivi. Na hora o viver me escapa. Sou uma lembrança de mim mesma. Só depois de «morrer» é que vejo que vivi. Eu me escapo de mim mesma. Às vezes eu me apresso... Continue lendo →

A HARMONIA SECRETA DA DESARMONIA – LISPECTOR

A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever... Continue lendo →

ESTRELA PERIGOSA – CLARICE LISPECTOR

Estrela perigosaRosto ao ventoMarulho e silêncioleve porcelanatemplo submersotrigo e vinhotristeza de coisa vividaárvores já floresceramo sal trazido pelo ventoconhecimento por encantaçãoesqueleto de idéiasora pro nobisDecompor a luzmistério de estrelaspaixão pela exatidãocaça aos vagalumes.Vagalume é como orvalhoDiálogos que disfarçam conflitos por... Continue lendo →

BERENICE – EDGAR ALLAN POE

“Desviei involuntariamente a vista daquele olhar vítreo para olhar-lhe os lábios delgados e contraídos. Entreabriram-se e, num sorriso bem significativo, os dentes da Berenice transformada se foram lentamente mostrando. Prouvera a Deus que eu nunca os tivesse visto, tendo-os visto,... Continue lendo →

O ENTERRO PREMATURO – EDGAR ALLAN POE

“Há momentos em que, mesmo aos olhos serenos da razão, o mundo de nossa triste Humanidade pode assumir o aspecto de um inferno, mas a imaginação do homem não é Carathis para explorar impunemente todas as suas cavernas. Ah! A... Continue lendo →

O CORAÇÃO DENUNCIADOR (THE TELL-TALE HEART) – EDGAR ALLAN POE

O CORAÇÃO DENUNCIADOR- EDGAR ALLAN POE

DEMÔNIO DA PERVERSIDADE – EDGAR ALLAN POE

citação de edgar allan poe

SOZINHO (ALONE) – EDGAR ALLAN POE

citações de edgar allan poe

QUASE UM POEMA DE AMOR

Há muito tempo já que não escrevo um poemaDe amor.E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!A nossa naturezaLusitanaTem essa humanaGraçaFeiticeiraDe tornar de cristalA mais sentimentalE baçaBebedeira. Mas ou seja que vou envelhecendoE ninguém me deseje apaixonado,Ou que... Continue lendo →

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