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POESIA

TER OU NÃO TER NAMORADO, EIS A QUESTÃO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remunerada de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou... Continue lendo →

TARDE, PABLO NERUDA

Não te quero senão porque te queroe de querer-te a não querer-te chegoe de esperar-te quando não te esperopassa meu coração do frio ao fogo. Quero-te apenas porque a ti eu quero,a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico,e... Continue lendo →

AI SE SESSE, DE ZÉ DA LUZ (POEMA DE CORDEL)

Se um dia nós se gostasseSe um dia nós se queresseSe nos dois se empareasseSe juntin nós dois vivesseSe juntin nós dois morasseSe juntin nós dois durmisseSe juntin nós dois morresseSe pro céu nos assubisse Mas porém acontecesse de São... Continue lendo →

O POETA DA ROÇA – PATATIVA DO ASSARÉ

Sou fio das mata, cantô da mão grosaTrabaio na roça, de inverno e de estioA minha chupana é tapada de barroSó fumo cigarro de paia de mioSou poeta das brenha, não faço o papéDe argum menestrê, ou errante cantôQue veve... Continue lendo →

SONHADOR – POESIA DE CORDEL

Viver é um desafioDesafiar é viverPor isso eu vou vivendoSempre buscando aprenderPara não ser devoradoPela falta de saber. Se posso dou um sorrisoSe não posso, um lamentoMas não fico esperandoSonhando sou avarentoE busco sonhar meu sonhosAté no sopro do vento.... Continue lendo →

E TUDO VEM A SER NADA – POESIA DE CORDEL

Tanta riqueza inseridaPor tanta gente orgulhosa,Se julgando poderosaNo curto espaço da vida;Oh! que idéia perdida.Oh! que mente tão errada,Dessa gente que enlevadaNessa fingida grandezaJunta montões de riqueza,E tudo vem a ser nada. ... Autor: Silvino Pirauá de Lima Até mais!... Continue lendo →

BRASI CABOCO – POESIA DE CORDEL

O qui é Brasí Caboco?É um Brasi diferentedo Brasí das capitá.É um Brasi brasilêro,sem mistura de instrangero,um Brasi nacioná! É o Brasi qui não vesteliforme de gazimira,camisa de peito duro,com butuadura de ouro…Brasi caboco só veste,camisa grossa de lista,carça de... Continue lendo →

O REGRESSO

Como quem, vindo de países distantes fora de si,chega finalmente aonde sempre esteve e encontra tudo no seu lugar, o passado no passado, o presente no presente, assim chega o viajante à tardia idade em que se confundem ele e... Continue lendo →

SOU CABRA DA PESTE – POESIA DE CORDEL

Eu sou de uma terra que o povo padeceMas não esmorece e procura vencer.Da terra querida, que a linda caboclaDe riso na boca zomba no sofrerNão nego meu sangue, não nego meu nomeOlho para a fome, pergunto o que há?Eu... Continue lendo →

AS PROEZAS DE JOÃO GRILO – POESIA DE CORDEL  

João Grilo foi um cristãoque nasceu antes do diacriou-se sem formosuramas tinha sabedoriae morreu depois da horapelas artes que fazia. ... João Martins de Athayde Até mais! Equipe Tête-à-Tête

REVISÃO DE SENTENÇA

Ouvindo soar o apito, numa manhã de verão Tentei alcançar o trem, avisar-te, tudo em vão. Talvez desacreditando que eram favas contadas No meio da correria, pegaste a mala trocada. A minha, repleta de mim, levaste na tua partida A... Continue lendo →

O MAL E O SOFRIMENTO – POESIA DE CORDEL

Se eu conversasse com DeusIria lhe perguntar:Por que é que sofremos tantoQuando viemos pra cá?Que dívida é essaQue a gente tem que morrer pra pagar? Perguntaria tambémComo é que ele é feitoQue não dorme, que não comeE assim vive satisfeito.Por... Continue lendo →

EXORTAÇÃO

Em nome do teu nome,Que é viril,E leal,E limpo, na concisa brevidade— Homem, lembra-te bem!Sê viril,E leal,E limpo, na concisa condição.Traz à compreensãoTodos os sentimentos recalcadosDe que te sentes dono envergonhado;Leva, dourado,O sol da consciênciaAs íntimas funduras do teu ser,Onde... Continue lendo →

O LIVRO DOS AMANTES I

Glorifiquei-te no eterno.Eterno dentro de mimfora de mim perecível.Para que desses um sentidoa uma sede indefinível. Para que desses um nomeà exactidão do instantedo fruto que cai na terrasempre perpendicularà humidade onde fica. E o que acontece durantena rapidez da... Continue lendo →

O PESO DE HAVER O MUNDO, DE PESSOA

O peso de haver o mundo Passa no sopro de aragemQue um momento o levantou,Um vago anseio de viagemQue o coração me toldou. Será que em seu movimentoA brisa lembre a partidaOu que a largueza do ventoLembre o ar livre... Continue lendo →

O AMOR, QUANDO SE REVELA – PESSOA

O amor, quando se revela,Não se sabe revelar.Sabe bem olhar p'ra ela,Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que senteNão sabe o que há-de dizer.Fala: parece que mente...Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse,Se pudesse ouvir o... Continue lendo →

QUANDO AS CRIANÇAS BRINCAM, DE PESSOA

Quando as crianças brincamE eu as ouço brincar,Qualquer coisa em minha almaComeça a se alegrar E toda aquela infânciaQue não tive me vem,Numa onda de alegriaQue não foi de ninguém. Se quem fui é enigma,E quem serei visão,Quem sou ao... Continue lendo →

MEU DEUS, ME DÊ CORAGEM – LISPECTOR

Meu Deus, me dê a coragemde viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,todos vazios de Tua presença.Me dê a coragem de considerar esse vaziocomo uma plenitude.Faça com que eu seja a Tua amante humilde,entrelaçada a Ti em êxtase.Faça... Continue lendo →

A QUEDA DA CASA DE USHER – EDGAR ALLA POE

“Durante todo um dia pesado, escuro e mudo de outono, em que nuvens baixas amontoavam-se opressivamente no céu, eu percorri a cavalo um trecho de campo singularmente triste, e finalmente me encontrei, quando as sombras da noite se avizinhavam, à... Continue lendo →

O ENTERRO PREMATURO – EDGAR ALLAN POE

“Há momentos em que, mesmo aos olhos serenos da razão, o mundo de nossa triste Humanidade pode assumir o aspecto de um inferno, mas a imaginação do homem não é Carathis para explorar impunemente todas as suas cavernas. Ah! A... Continue lendo →

SOZINHO (ALONE) – EDGAR ALLAN POE

citações de edgar allan poe

LITERATURA ÁRABE – SAIBA MAIS!

Introduçãoliteratura dos povos de língua árabe e um dos principais veículos da civilização islâmica. A literatura árabe clássica surgiu de reflexões religiosas e eruditas. Época medievalO exemplo de maior destaque da literatura árabe é o Alcorão, livro que os muçulmanos... Continue lendo →

EDGAR ALLAN POE – UM SONHO DENTRO DE UM SONHO (A DREAM WITHIN A DREAM)

All that we see or seemIs but a dream within a dream Tudo o que vemos ou parecemosNão passa de um sonho dentro de um sonho  –  (tradução literal) Depois de O Corvo, este e Annabel Lee são os poemas mais citados... Continue lendo →

ESTROFE NA POESIA E NA MÚSICA: O QUE É? É A MESMA COISA NAS DUAS?

Música e poesia são formas de arte que estão presentes há muito tempo na humanidade. Os primeiros registros de músicas e poesias são datados da pré-história. Enquanto a música combina diferentes ritmos e sons, seguindo uma pré-organização ao longo do... Continue lendo →

O DEUS DE CADA HOMEM – DRUMMOND

Quando digo “meu Deus”,afirmo a propriedade.Há mil deuses pessoaisem nichos da cidade.Quando digo “meu Deus”,crio cumplicidade.Mais fraco, sou mais fortedo que a desirmandade.Quando digo “meu Deus”,grito minha orfandade.O rei que me ofereçorouba-me a liberdade.Quando digo “meu Deus”,choro minha ansiedade.Não sei... Continue lendo →

CLARICE, UMA MULHER, UMA PESSOA, UMA ATENÇÃO

Clarice Lispector nasceu na Ucrânia a 10 de dezembro de 1920 e morreu no Brasil a 9 de dezembro de 1977. Foi jornalista e escritora exímia, deixando um vasto baú de escolhas, para todos os gostos: romances, crónicas, ensaios, contos,... Continue lendo →

AUSÊNCIA – DRUMMOND

Por muito tempo achei que a ausência é falta.E lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim.E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações... Continue lendo →

PARA SEMPRE, DE DRUMMOND

Por que Deus permiteque as mães vão-se embora?Mãe não tem limite,é tempo sem hora,luz que não apagaquando sopra o ventoe chuva desaba,veludo escondidona pele enrugada,água pura, ar puro,puro pensamento.Morrer acontececom o que é breve e passasem deixar vestígio.Mãe, na sua... Continue lendo →

AS SEM-RAZÕES DO AMOR

Eu te amo porque te amo.Não precisas ser amante,e nem sempre sabes sê-lo.Eu te amo porque te amo.Amor é estado de graçae com amor não se paga.Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.Amor foge a dicionáriose... Continue lendo →

DESTRUIÇÃO, DE DRUMMOND

Os amantes se amam cruelmentee com se amarem tanto não se veem.Um se beija no outro, refletido.Dois amantes que são? Dois inimigos.Amantes são meninos estragadospelo mimo de amar: e não percebemquanto se pulverizam no enlaçar-se,e como o que era mundo... Continue lendo →

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